A ADCA recebeu hoje no seu reduto e bateu sem apelo nem agravo a equipa do Pampilhosense, por quatro bolas sem resposta. Numa tarde soalheira, propícia à prática de bom futebol, foi um bonito espectáculo, com golos para todos os gostos.
Logo aos 5 minutos de jogo, Joel Rosa deu início àquilo que seria verdadeiramente uma exibição de gala. Assistido por Cabo, arrancou em velocidade, deixou para trás dois defensores “serranos” e à saída do guarda redes executou um bonito chapéu de medidas certeiras, levando a bola a anichar-se no fundo das redes. Estava inaugurado o placard.
Ainda a defensiva pampilhosense não estava refeita deste rude golpe, e já o “adaptado” avançado Virgílio, com um excelente pormenor técnico, aproveitava um passe longo do guarda redes Leal, recebendo de peito e fazendo uma rotação perfeita que deixou o seu marcador directo fora do lance. Depois foi só perguntar ao guarda redes para que lado queria a bola. Virgílio não perdoou, atirando a contar, 2-0 para os da casa!
Seguiu-se um período de maior circulação de bola e grande luta a meio campo pela posse do esférico, com poucas oportunidades junto das balizas. O meio campo ademiense conseguiu quase invariavelmente superiorizar-se, baseado na criatividade dos seus elementos, com destaque para o inspirado Joel Rosa, principal organizador de um interessante “carrossel” que pôs no meio os jogadores pampilhosenses a cheirar a bola, dominados por triangulações e linhas de passe bem gizadas pelos da casa.
O jogo encaminhava-se para o intervalo sem que os forasteiros conseguissem reagir à desvantagem. Apenas num lance poderiam ter provocado perigo, na sequência de um atraso comprometedor do lateral Miguel para o guarda redes Leal, tendo a bola ficado a meio do caminho presa numa poça de água. Atento, o avançado da turma serrana chegou primeiro ao esférico, mas acabou por escorregar e tropeçar na bola, gorando-se este lance que poderia ter complicado as contas do jogo.
Ao intervalo, o novo cd da banda sonora ADCA, recheado de bonitas canções populares, fez as delícias de miúdos e graúdos.
2ª parte
Pensou-se que já se tinha visto tudo o que havia para ver em termos de golos bonitos, mas o melhor estava ainda reservado para o fim. Joel Rosa – quem mais? – pegou na bola ainda atrás do meio campo, tirou 3 adversários do caminho com uma fantástica finta de corpo, tabelou com Virgílio que lhe devolveu a bola, ficando cara a cara com o guarda redes. Teve ainda força e engenho para fintar o guarda-redes, e encaminhar-se depois com todo o tempo do mundo para a baliza, parar o esférico em cima da linha, rodar, apontar para o banco de suplentes em jeito de dedicatória e finalizar de calcanhar.
Este lance enervou sobremaneira os visitantes, e o caldo ficou entornado. Os pampilhosenses começaram a jogar de forma violenta, com a inacreditável complacência do juiz da partida, e a principal vítima foi, claro está, o criativo Joel Rosa, que foi massacrado até ao apito final com entradas duras e à margem da lei. De facto tenho que deixar aqui uma palavra para Associação de Futebol de Coimbra, e apelar para que reuna com carácter de urgência e tome uma posição de forma a proteger os seus melhores atletas de actos de autêntica barbárie como os que se viram infelizmente este Domingo.
1 comment:
Muito bom post. E oportuno!
Foram de facto escalpelizados os 'pontos fortes' de cada um dos jogadores visados, bem ao estilo do que se pretende deste dia 1 de Abril.
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