A.D.C.Adémia 3 - Sanjoanense 2

Após a derrota na deslocação ao campo do Arganil, a equipa da A.D.C.Adémia procurava rectificar esse resultado negativo na recepção ao “Sanjoanense”, na contínua luta por galgar lugares na tabela classificativa e atingir um lugar de acordo com o seu valor e objectivos iniciais. Apesar da equipa visitante ocupar o segundo lugar mais baixo da classificação, vinha de dois resultados muito positivos frente a adversários fortes ( Arganil e Poiares) que por certo tinham dado algum alento á equipa dos lados dos campos do Mondego.
Num campo, em não muito boas condições para a prática de futebol (fruto da sobrecarga de jogos dos diversos escalões de futebol), António Teixeira fez alinhar o Guarda-redes Tiago; os defesas Miguel, Bruno Rodrigues (capitão), Simão e Faisão; no meio campo e ocupando a zona mais central do terreno, Joel Valença, Bruno Joel Rosa, Bruno “experiente” Santos, deixando as alas entregues a Piquet e Elísio; na frente e numa missão de algum sacrifício jogou o jovem Tiago Batista “perna de pau”. No banco ficaram: Leal (gr), Nuno “panzer” Almeyda, Aires, João “Gattuso” Cabo e Virgílio.
A equipa da casa entrou muito bem, com um constante domínio do jogo, impondo o seu futebol apoiado e passe curto, com constantes triangulações, na procura da baliza contrária, adoptando a equipa forasteira uma postura de contra-ataque, que raramente funcionou, fruto nao só da inoperância dos atacantes do Sanjoanense mas também do pressing alto da equipa “blue” que não permitia a saída desses contra-ataques.
Com um elevado índice de posse de bola e uma enorme objectividade, o jogo ia-se desenrolando com naturalidade no meio campo da Sanjoanense, sem que no entanto fossem criadas oportunidades flagrantes de golo por parte da equipa “blue”, mas parecia certo que mais minuto menos minuto a equipa da casa chegaria á vantagem. E tal aconteceu á passagem do minuto 25, de bola parada através de uma excelente execução de Faisão no coração da área adversária, após um cruzamento perfeito de Bruno “experiente” Santos. Este golo veio trazer não só justiça ao desenrolar do jogo, como também uma confiança extra á equipa da casa, que passou a jogar ainda com mais serenidade, e acima de tudo com maior determinação, dizimando qualquer tentativa da equipa adversária de chegar á baliza “blue”. Fruto desse contínuo pressing, a equipa da casa dilatou o marcador aos 35 minutos, após uma jogada de envolvimento na meia direita “blue” e em que Simão ganhou espaço e fez um cruzamento mortífero para a pequena área onde Tiago Batista empurra para o 2-0.
Após este segundo golo, a equipa da casa baixou um pouco o seu caudal ofensivo, adoptando uma toada mais de contenção e troca de bola, dando a possibilidade á equipa visitante de progredir no terreno, sem que no entanto criasse lances de perigo ao guardião “blue”, que teve um primeiro tempo tranquilo e sem trabalho digno de registo.
Mesmo antes do final da primeira parte, a Adémia chegou ao 3-0, através de piquet, na transformação de uma grande penalidade, cometida pelo guardião visitante que agarrou um atacante “blue” quando este se encontrava isolado e preparado para finalizar um lance de ataque, quedando-se o árbitro pela amostragem de um cartão amarelo, ao invés do merecido cartão vermelho.
A equipa da Adémia foi para o intervalo numa posição confortável, com um resultado volumoso, fruto de um futebol a espaços vistoso, que deixava antever uma segunda parte tranquila para a formação caseira.

Mas ao contrário do que seria de esperar, a equipa da Adémia entrou mal na segunda parte, quem sabe fruto da vantagem acumulada na primeira parte, dando mais espaço para os homens que equipavam de amarelo, ocupar espaços mais adiantados no terreno e criando mais dificuldades á defensiva “blue”, que se demonstrava á altura das investidas adversárias, mas notou-se uma pequena quebra a nível da linha intermédia, que deixava a equipa adversária construir jogadas de ataque e que acabou por chegar ao golo no 55º minuto, aproveitando uma falha do guardião Tiago. Este golo trouxe ânimo á equipa de S.João do Campo, que começou a acreditar que a reviravolta no marcador era possível, contribuindo para a passividade da equipa da Adémia. A partir deste momento a equipa da Sanjoanense passou a jogar de uma forma mais directa, colocando mais homens na frente, mas que na verdade não se traduziu em jogadas de perigo eminente, apesar da bola rondar a área da Adémia, que tinha adoptado agora uma postura de contra-ataque. Aos 61 minutos, após um canto a favor da equipa da Sanjoanense, a equipa da Adémia preparava-se para lançar mais um contra-ataque, quando o árbitro da partida, transforma um falta a favor da formação caseira numa falta a favor da equipa forasteira. Na transformação do livre á entrada da área “ademiense” a equipa visitante reduz para 3-2, num lance bem delineado e executado, não deixando hipóteses ao guardião caseiro, que nem ia tendo muito trabalho.
Estava relançado o jogo e a equipa forasteira tinha ainda mais razões para acreditar no empate.
Após alguma renitência e talvez pecando por tardiu (65 minutos), António Teixeira decide mexer na estrutura da equipa lançando no jogo Aires, por troca com o apagado Piquet, dando mais consistência ao meio-campo. Com esta troca, Bruno “experiente” Santos passou para a extrema direita, trazendo mais equilibrio á equipa da casa. E a verdade é que o jogo passou a desenrolar-se mais no meio campo, com a equipa da casa a equílibrar a contenda.
O jogo foi-se desenrolando sem haverem lances de perigo junto de ambas as balizas, mas apesar deste equilibrio alcançado António Teixeira voltou a refrescar o meio campo á passagem do minuto 70, lançando em campo Nuno “panzer” Almeyda no lugar do inspirado Joel Valença, que estava a rubricar uma excelente exibição mas começava a quebrar fisicamente.
Com um meio campo refrescado, a equipa caseira pegou nas rédias do jogo, avançando no terreno em busca do golo da tranquilidade, que poderia ter acontecido logo aos 75 minutos, através de um remate espectacular de Nuno “panzer” Almeyda a cerca de 50 mts da baliza adversária, que não resultou em golo por muito pouco. Seria um daqueles golos de levantar um estádio, que neste caso já estavam em pé.
Até final a equipa da casa controlou sempre o jogo, demonstrando uma enorme disponibilidade quer física quer mental, aniquiliando qualquer esperança da formação da Sanjoanense em chegar ao empate.
Destaque ainda para a terceira substituição da formação da casa, já no final da partida, com a entrada de Vírgílio para o lugar do marcador do segundo golo da equipa da casa, Tiago Batista “Perna de Pau”.
E após 5 minutos de compensação, chegou o tão esperado apito final, com o resultado de 3-2 a favor da equipa da A.D.C.Adémia, não sofrendo esta vitória qualquer tipo de contestação.

A equipa “blue” defronta agora na próxima jornada a formação do Poiares no Campo Ramos de Carvalho, tendo oportunidade de demonstar que a derrota sofrida na primeira volta em Poiares, foi perfeitamente injusta e fruto da pressão exercida pela equipa de arbitragem que teve influência directa no resultado tendo agora como objectivo obter os 3 pontos e ultrapassar (pelo menos) a equipa de Poiares na tabela classificativa.

Notas individuais (0-5):

#31 Tiago (nota 2) – Comprometeu no lance do 1º golo da equipa adversária, sem ter tido muito trabalho, denotou elevados indices de concentração.
#22 Miguel (nota 3) – Não deu espaço aos atacantes adversários, nunca se coibindo de apoiar o ataque. Concentrado.
#26 Simão (nota 4) – Exibição personalizada, fazendo uso do seu poderio fisíco, coroada pela excelente assistência para o 2º golo da equipa.
#14 Bruno Rodrigues (nota 4) – Actuação serena a defender, anulando quase todos os lances adversários.
#23 Faisão (nota 4) – Sempre rigoroso a defender e com preocupação em apoiar o ataque acabou por desiquilibrar na área adversária, finalizando em grande estilo o lance do primeiro golo.
#18 Joel Rosa (nota 3) – Exibição esforçada, pautada pela tentativa de colocar sempre a bola no chão.
#15 Bruno “experiente” Santos (nota 3) – Tal como o seu companheiro do meio campo, primou sempre pelo deliniar de jogadas pelo chão, municiando sempre as alas, restando ainda frescura fisíca para apoiar a defesa. Acabou na ala direita.
#17 Piquet (nota 3) – Esforçado na primeira parte e onde cobrou muito bem o penalti que deu o 3º golo, acabou por perder chama na 2ª parte. Subsituido aos 65 minutos.
#12 Elisio (nota 3) – Empenhado e lutador. Vitima da sua menor condição fisíca.
#19 Tiago Batista (nota 4) – Lutador entre os centrais, cumprindo a função de preservar a bola, foi sempre um quebra-cabeças para a defesa contrária. Esteve entre a lista de marcadores.
#7 Aires (nota 3) – Entrou para dar consistência ao meio-campo e logo se notou a diferença na capacidade de recuperação de bola.
#4 Nuno “panzer” Almeyda (nota 3) – 20 minutos em campo com grande intensidade, recuperando muitas bolas e tendo ainda tempo para fazer um remate perigosissimo á baliza contrária.
#25 Virgílio ( nota - ) – Escassos minutos em campo.


O Destaque: #2 Joel Valença ( nota 4) – Primeira parte de excelente nível, nunca dando espaço aos avançados contrários, fazendo muitos cortes que aniquilavam á nascença, os contra-ataques adversários. Saiu na 2ª parte, já muito desgastado.


Por: Nuno “panzer” Almeyda