ADC ADÉMIA 5 - 0 ESPERANÇA

13/12/2009 - 11ª jornada - Série A - Campo Ramos de Carvalho, Adémia.

Onze 'blue': Carioca; Elísio, Simão(c), Joel Valença e Yau; Lito, Tiago, Daniel e Márcio "O Maluco" (por Eugénio aos 80'); Cunha (por Mamadú aos 75') e Cabo (por Roger Ferrão aos 60').

Suplentes não utilizados: "Cegueira", Tunga e Márito.
Ao intervalo: 1-0.

Este "derby" da cidade de Coimbra colocava frente a frente duas formações que até ao momento estavam a realizar campanhas abaixo das expectativas com que partiram para esta temporada, encontrando-se separadas por apenas 3 pontos na tabela, com vantagem para os pupilos de Gregório Freixo. Depois de na 3ª feira anterior terem seguido caminhos diferentes na Taça A.F.C. (os de azul seguiram em frente e os de S.Martinho ficaram pelo caminho), tentavam aqui retomar o trilho das vitórias para o campeonato, após pesadas derrotas na jornada transacta.

Para esta partida, e na sequência do êxito do jogo anterior, a dupla técnica 'blue' decidiu apostar novamente na palestra auxiliada por suporte informático. E foi aqui que Mamadú deu os primeiros sinais de que estava plenamente concentrado e atento - o que se veio a confirmar mais tarde com a sua boa entrada em campo -, detectando que a ordem do nome das equipas na apresentação estava invertido, o que fazia parecer que seria o Esperança a jogar em casa. O onze inicial sofreu apenas duas alterações relativamente à partida com o Cadima: o natural regresso de Tiago ao meio-campo para o lugar de Aguiar, que não compareceu sequer aos treinos de 5ª e 6ª feira por se encontrar em regime especial de alimentação após o jogo de 3ªfeira; e a entrada de Elísio para o lugar de Márito, a contas com uma pequena mazela que não lhe permitia estar a 100%.

O vento gelado que se fazia sentir, embora desagradável, trouxe a ponta de sorte que havia faltado nas partidas anteriores à equipa "blue", que se apanhou em vantagem logo no primeiro minuto de jogo, através de um autogolo de um jogador de S.Martinho na sequência de um canto batido por Lito. Este golo permitiu à equipa da casa diminuir os níveis de ansiedade ao mesmo tempo que obrigava os visitantes a correr atrás do prejuízo. Até ao final da 1ª parte, o jogo foi equilibrado com diversas oportunidades de um lado e de outro, que não se traduziram em golos ora por inépcia dos seus protagonistas ora por excelentes intervenções dos guarda-redes. Numa delas, Carioca fez a defesa da tarde, fazendo uso das asas de frango ingeridas ao almoço para voar autenticamente para uma bola que levava selo de golo.

No início da etapa complementar a equipa do Esperança tentou arriscar um pouco mais com o intuito de chegar ao golo do empate mas, verdade seja dita, não criava perigo junto do último reduto "blue". Pelo contrário, os da casa aproveitavam alguns erros do adversário em zona defensiva para criar perigo, como aconteceu cerca dos 10 minutos da 2ª parte quando Cabo, após excelente recuperação de bola de Márcio, deixou Cunha isolado cara-a-cara com o guarda-redes mas o "Saviola de Eiras" desperdiçou a ocasião atirando ao lado. Sem conseguir encontrar forma de alterar o rumo da partida, a equipa visitante sofreu um rude golpe nas suas aspirações quando, ainda antes do minuto 70, Yau fez o 2-0 de cabeça. Pouco depois, Cunha sentenciava a partida, fazendo o 3-0. A partir daí, a equipa do Esperança ficou completamente partida, concedendo espaço para que os comandados de José Alberto trocassem a bola e até para que, segundo algumas vozes, "O Maluco" se desse ao luxo de fazer um autêntico truque de magia sobre um adversário que quase terminava em golo. Até ao final do jogo, a equipa visitante ainda beneficiou de mais uma ou duas chances para marcar mas viria a ser a formação ademiense a facturar por mais duas vezes, já em período de compensação, primeiro por Lito coroando fantástica jogada individual e depois por Daniel.

Em jeito de balanço final, não se pode discutir a justiça de um triunfo por 5-0, mas deve reconhecer-se que os numeros são bastante penalizadores para a prestação da equipa do Esperança que teve a infelicidade de começar o jogo a perder e que, pelo que fez, merecia no mínimo o tento de honra. Já para os "blue" esta vitória representa uma autêntica injecção de confiança que se espera ver traduzida nas próximas partidas.